Evocando Abril
A Sessão Evocativa da Revolução de Abril trouxe à Secção do Partido Socialista da Almirante Reis memórias e recordações de tempos que muitos parecem querer hoje fingir que não existiram. Apesar de Edmundo Pedro não ter podido comparecer, Amândio Silva e Manuel Serra recordaram episódios dos tempos do '24 de Abril' num dia 26 de Abril.
Protagonistas directos de várias acções contra o Antigo Regime, nomeadamente a «Revolta da Sé», do «Assalto ao Quartel de Beja» ou do lançamento de panfletos revolucionários sobre a cidade de Lisboa, ambos sublinharam a importância da campanha eleitoral de Humberto Delgado às Presidenciais de 1958 para o despertar da sua consciência e acção política.
Igualmente importante foi lembrar a falta de liberdades, hoje dadas como adquiridas, mas que antes o regime salazarista reprimia, assente numa rede de agentes da PIDE e de delatores, que transformavam uma mera conversa de café como um acto susceptível de prisão imediata.
Manuel Serra lembrou que era exactamente a polícia política que, com a igreja e o poder judicial, sustentavam o Antigo Regime. E que, curiosamente, a Revolução de Abril passou deixando estas estruturas incólumes, muito em especial os Tribunais.
Amândio Silva lamentou que tenha passado «aquele perfume de Abril» que libertou um Portugal miserável, isolado e afundado numa guerra colonial de uma década e meia.
A acção política dos nossos convidados continuou durante a década de 60 e até 1974 na plena convicção de que apenas uma acção militar poderia deitar abaixo o Regime, participando enquanto «braço civil» de sucessivas conspirações.
Numa conclusão final, ambos consideram que o Portugal de hoje está longe daquilo que sonhavam há 30 anos.
No início desta sessão procedeu-se a um minuto de silêncio em homenagem ao Presidente da Junta de Freguesia da Pena, falecido nas condenáveis circunstâncias que, infelizmente, se conhecem.
Protagonistas directos de várias acções contra o Antigo Regime, nomeadamente a «Revolta da Sé», do «Assalto ao Quartel de Beja» ou do lançamento de panfletos revolucionários sobre a cidade de Lisboa, ambos sublinharam a importância da campanha eleitoral de Humberto Delgado às Presidenciais de 1958 para o despertar da sua consciência e acção política.
Igualmente importante foi lembrar a falta de liberdades, hoje dadas como adquiridas, mas que antes o regime salazarista reprimia, assente numa rede de agentes da PIDE e de delatores, que transformavam uma mera conversa de café como um acto susceptível de prisão imediata.
Manuel Serra lembrou que era exactamente a polícia política que, com a igreja e o poder judicial, sustentavam o Antigo Regime. E que, curiosamente, a Revolução de Abril passou deixando estas estruturas incólumes, muito em especial os Tribunais.
Amândio Silva lamentou que tenha passado «aquele perfume de Abril» que libertou um Portugal miserável, isolado e afundado numa guerra colonial de uma década e meia.
A acção política dos nossos convidados continuou durante a década de 60 e até 1974 na plena convicção de que apenas uma acção militar poderia deitar abaixo o Regime, participando enquanto «braço civil» de sucessivas conspirações.
Numa conclusão final, ambos consideram que o Portugal de hoje está longe daquilo que sonhavam há 30 anos.
No início desta sessão procedeu-se a um minuto de silêncio em homenagem ao Presidente da Junta de Freguesia da Pena, falecido nas condenáveis circunstâncias que, infelizmente, se conhecem.